Para controlar o bom desenvolvimento das atividades financeiras das empresas, uma série de regulamentos e procedimentos contábeis e financeiros foram elaborados com o objetivo de garantir o correto funcionamento das atividades econômicas e a transparência. Gilsomar Maia, CFO na TOTVS, pontua que as pautas mais latentes para os próximos meses e ano são duas:  

1 – As relacionadas a Simplificação das Demonstrações Financeiras, onde a principal razão é tornar o entendimento das suas informações mais fluído para todos os stakeholders, em qualquer âmbito, e não apenas aos “especialistas financeiros”. Parece algo relativamente simples, mas certamente será um passo relevante e disruptivo, em especial no mercado doméstico;  

2 – A convergência da pauta ESG nas Demonstrações Financeiras, estendendo sua abrangência para outras informações relevantes tais como Relato Integrado e Formulário de Referência. 

Maia acredita que todas as alterações normativas em absoluto refletirão de forma mais simples e transparente nas Demonstrações Financeiras da companhia, permitindo que os stakeholders consumam essas informações de forma plena e assertiva, a depender do propósito de cada consumidor da informação. 

Em termos de preparação, Claudia Fernandes, head de contabilidade na Riachuelo, acredita que as últimas mudanças foram bastante complexas e burocráticas, mas não significa que são desnecessárias, muito pelo contrário, estão muito em linha com o que os analistas de mercado questionam, por isso, é importante compartilhar dos temas e estudar as situações antes de qualquer implantação. “Acompanhar as novas regras através da participação de discussões junto as instituições responsáveis pelas suas publicações, juntamente com associações de classe, que discutem esse tipo de tema, considerando os impactos que podem trazer é a melhor forma de se preparar e adequar a empresa para qualquer nova regra ou mudança”, avalia. 

Os últimos anos especialmente trouxeram evoluções importantes nas alterações contábeis e, consequentemente, a transparência nas demonstrações financeiras também precisou evoluir.  Para acompanhar tudo isso, Fernandes pontua que pensando em mais clareza e transparência, discussões e estudos de casos considerando diversos segmentos de mercado sejam tendências bastante importantes para o mercado como um todo. Outro ponto trazido por Maia é que sem dúvida quem já tinha a digitalização corporativa como prioridade saiu na frente.  

A tecnologia definitivamente chegou aos processos contábeis e fiscais e esse é um caminho sem volta. Segundo Maia, o que antes era feito no papel e em programas simples, hoje é automatizado em soluções avançadas de gestão corporativa e aplicação de inteligência artificial, mitigando possíveis erros e parcialidades, ajudando a antecipar possíveis riscos e falhas e ainda entender tendências. “O ganho de produtividade, agilidade e compliance é muito grande. Com processos digitalizados e mais inteligentes, a transparência em demonstrações financeiras se torna cada vez mais natural. Esse é o cenário que já vivemos aqui na TOTVS e tende a avançar em todo o mercado brasileiro”, finaliza. 

Gilsomar Maia, CFO da Totvs

Claudia Fernandes, head de contabilidade da Riachuelo