A ideia que a sociedade tem sobre as próprias ações no mundo está mudando. Outra percepção sentida é que é preciso avançar em algumas pautas urgentemente. Encontrar uma resposta futura aos muitos desafios que se acumulam é uma necessidade que não admite demora. A crise climática e as crescentes desigualdades sociais arrastadas há muito tempo, somaram-se as consequências da pandemia e outros novos desastres como a guerra na Ucrânia e suas terríveis consequências econômicas e humanitárias.
É cada vez mais perceptível a mudança geracional no mundo e maior consciência com as questões ambientais e sociais. Segundo Odivan Cargnin, diretor de administração, finanças e relações com investidores na Irani, atualmente, a maior parte da população economicamente ativa possui um pensamento diferente sobre o seu papel na sociedade e entende de forma mais clara sobre sua importância para o futuro do planeta.
Os consumidores estão mais conscientes, gerando assim um aumento na demanda por produtos sustentáveis. Para ele, os negócios de uma forma geral, assim como ocorre na Irani, devem se encaixar perfeitamente nessa tendência secular. Na empresa, como exemplo, cita que o setor de base florestal produz matéria prima de origem renovável e reciclagem atendendo ao moderno conceito de economia circular.
A empresa também tem um foco forte em inovação, com conexão com startups e com a dinâmica empreendedora que existe atualmente na sociedade, procurando engajar estas iniciativas e desenvolver soluções de embalagens sustentáveis. Como base de atuação, a Irani tem uma atuação focada na sustentabilidade como modelo de negócio. Com práticas alinhadas aos compromissos ESG assumidos para serem alcançados até 2030. São metas e ambições que estão disponibilizadas em seu Relato Integrado ESG, e que vêm sendo executadas de forma estratégica, para colocar a companhia em posição de destaque dentro dessa tendência que estamos vivendo.
Historicamente, Cargnin pontua que a Irani procurou sempre seguir os critérios ESG, pois foi a primeira do setor no Brasil e segunda no mundo a vender créditos de carbono no mercado internacional ainda em 2007. Uma prática que até hoje é adotada. “Entendemos que dessa forma é possível atender as demandas da sociedade atual e gerar retorno econômico diferenciado. ESG só é ESG se tiver sustentação econômica”, diz.
Entre as metas da empresa para os próximos anos, está seguir evoluindo nessa jornada, promovendo, cada vez mais, a economia circular e sustentável do seu segmento com responsabilidade social e valorização da diversidade e inclusão junto aos mais de 2 mil colaboradores.
A companhia acredita que o mercado deve se manter próspero e aquecido, o que possibilita um campo ainda mais amplo para novos projetos. A Irani dará sequência ao seu plano de expansão, denominado Plataforma Gaia, que compreende projetos para ampliar competitividade, capacidade de produção e suficiência energética. “Ficaremos autossustentáveis em energia renovável e aumentaremos consideravelmente a produção de embalagens de papel para a indústria alimentícia, varejo, e-commerce e delivery. Com tudo isso, já temos o maior ROIC (Retorno sobre Capital Investido) do setor no Brasil e um dos maiores do mundo”, avalia Cargnin.
Existe uma quantidade significativa de conhecimento e tecnologias altamente qualificadas dentro e fora do ambiente da Irani, que podem ser usufruídos na realização de pesquisas exploratórias ou avançadas, melhorar o desenvolvimento das soluções sustentáveis de embalagens, incorporar novas tecnologias que aumentem a eficiência e criem valor agregado, bem como o desenvolvimento de novos negócios. Por isso, a empresa entende que é importante haver uma interação entre as companhias e os centros de pesquisa.
A empresa tem promovido uma crescente conexão com universidades, fornecedores e startups, por meio de acordos de cooperação técnica, contratos de co-desenvolvimento e lançamento de desafios tecnológicos. Atualmente, cerca de 80% dos projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em andamento são de inovação aberta.
“Acreditamos que esse seja um dos caminhos para que possamos alcançar um desenvolvimento duradouro. Enxergamos muitas oportunidades dentro do setor, que desempenham um papel importante e de relevância para a sociedade, principalmente em iniciativas dentro de sustentabilidade, ESG e economia circular – agregando valor para essas novas demandas de consumo consciente do consumidor”, finaliza Cargnin.