A cada nova norma regulatória, os relatórios corporativos sofrem impactos significativos. Mas na percepção de Marcelo Malta, diretor financeiro na Engie, há uma transformação exponencial no mercado, especialmente relativa aos aspectos ESG. “Dar transparência às informações torna-se cada vez mais importante e, não apenas em termos de volume, mas tendo em vista quais são realmente úteis e agregam valor. Hoje esse trabalho é muito mais o de entender quais são as necessidades e exigências do mercado”, diz.

Todo esse cenário fez com que a Engie procurasse não só evoluir na dimensão de negócios, como também na forma como atua. Seguindo sua estratégia para descarbonização, com foco no investimento em geração de energia a partir de fontes renováveis e com transmissão de energia, enquanto saem dos ativos à carvão.

Outro ponto é que a empresa acredita estar muito conectada aos aspectos ESG, com uma atuação socioambiental estruturada e diversificada por todo o país, e com grande foco em governança. “Os relatórios corporativos precisam avançar junto da atuação da companhia. À medida que o portfólio muda, precisamos evoluir as formas de demonstrar resultados específicos e conjuntos. Da mesma forma, estamos buscando formas de comunicar ainda mais as informações ligadas a ESG e dar mais transparência para essas ações, especialmente os impactos positivos que promovemos nas comunidades onde atuamos”, explica Marcelo.

 Já na Vale, Eliane Dominguez, gerente executiva de consolidação e contabilidade, conta que a aplicação de tecnologias para a mineração em um mundo sustentável é uma prioridade. A empresa está investindo até U$ 6 bilhões para redução de 33% das suas emissões de carbono até 2030. É um dos maiores investimentos já comprometidos pela indústria de mineração para o combate às mudanças climáticas e faz parte do compromisso da Vale de se tornar carbono neutro até 2050.

A agenda é fruto de um processo de escuta da Vale alinhado com as demandas da sociedade com transparência e responsabilidade. A empresa apoia também startups com foco em soluções sustentáveis para o futuro da mineração e dos metais, além de inúmeras outras iniciativas. “Aliado a essa evolução tecnológica temos a jornada de diversidade e transformação cultural. Acreditamos que ao promover Diversidade, Equidade e Inclusão e criar condições para que os empregados se sintam cada vez mais empoderados, protagonistas e conscientes do seu talento, estamos estimulando o crescimento da Vale, pois as pessoas são os motores dessa evolução”, finaliza Eliane.

Marcelo Malta, diretor financeiro na Engie, e Eliane Dominguez, gerente executiva de consolidação e contabilidade na Vale